O discurso: epopéia de minha vida

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Papa lança livro


Fonte da notícia: Folha do Estado de São Paulo, página A 11, São Paulo, Quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Ensaio: Rafael Carvalho

O papa João Paulo II lançou ontem o livro "memória e identidade" em vários países, inclusive no Brasil. O papa trata de assuntos sociais contemporâneos, polêmicos e ideológicos, segundo seu
ponto de vista catolicista. O papa fala sobre aborto, democracia, homossexualidade e sobre o atentado que sofreu em 13 de maio de 1981 quando o turco Mehmet Ali Agca atirou à uma distância entre dois e quatro metros, também usa termos como "ideologias do mal" quando se refere a alguns desses assuntos.
Falando sobre o atentado o papa declara "Penso que (o atentado) tenha sido uma das últimas convulsões das ideologias da prepotência desencadeadas no século 20", o papa também acredita que foi salvo pela graça divina, "tudo aquilo foi testemunho da graça divina (...) Agca sabia disparar bem e disparou certamente para me eliminar, mas foi como se alguém tivesse guiado e desviado aquela bala...".
O papa refere-se também ao casamento homossexual como "ideologia do mal, talvez mais astuciosa e encoberta".
Também mostra fortemente sua ideologia catolicista quando declara "Quando um parlamento autoriza a interrupção da gravidez comete uma grave prepotência contra um ser humano inocente (...). Os parlamentos que aprovam e promulgam semelhantes leis devem estar cientes de terem extravasado as próprias competências, pondo-se em aberto conflito com a lei de Deus e com a lei natural".
Certamente católicos veementes de todo o mundo irão adorar o livro que mantem um caráter conservador, em determinados pontos radical para a realidade social contemporânea. A ciência e a evolução da espécie humana são incontestavelmente dicotomias intrísecas e necessárias,com isto a igreja também evoluiu fazendo críticas e criando novos conceitos. Ao longo dos séculos, fica difícil distinguir quais ideologias provocaram mais danos nefastos à sociedade, o poder abusivo da democracia (hegemonia governamental) ou o poder religioso (hegemonia católica). Ambos trabalharam com o mesmo propósito usando termos eufêmicos diferentes, a igreja falou muito em evangelização, catolização entre os povos ignorantes perante as leis de Deus e o governo por sua vez usou o termo socialização, democracia e como os americanos estão condicionados a dizer "a liberdade", tudo isto é sinônimo de colonização sangrenta, quebra brusca de cultura e a triste destruição da identidade de um povo, uma nação.

Memória e identidade
Autor: João Paulo II
Editora: Objetiva
Preço: R$ 29,90 (192 páginas)
Rafael, 10:09 PM | link | 2 comentários |

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

É preciso pensar para se libertar



Um homem pode destruir o outro, mas uma idéia pode destruir nações, porque
O campo das idéias é amplo e quem adentra pode se perder entre fantasia e realidade.
Quem domina a idéia pode concretizar a partir de uma arquitetura imaginária. Por tanto é necessário que os anônimos se interessem pelas letras, por onde se inicia a concretização das idéias. Se nós seguirmos os mesmos passos dos pensadores e arquitetos de idéias, podemos ter a opção de não sermos corrompidos uns pelos outros. Pois, é certo afirmar que há um mecanismo por trás das matérias, há uma ciência por trás do que vemos, logo não se pode acatar a primeira impressão porque os resultados podem não ser tão agradáveis. Há uma urgência no incentivo a reflexão, à ponderação, assim não seremos escravos de ninguém, tão pouco dos nossos conceitos
pré-concebidos.
Rafael, 3:38 PM | link | 1 comentários |