O discurso: epopéia de minha vida

segunda-feira, maio 07, 2007

Bento XVI, cristianismo e filosofia; um paralelo.






Domingo quase sempre me deprimi, o domingo é um dia “sagrado” que me lembra e remete a hábitos e costumes mineiro-religiosos; televisão ligada o tempo todo, macarronada e frango ao molho me aprisionam a uma cultura da qual eu, dependente familiar, ainda não consegui escapar.
O ápice do domingo é ir à igreja. A igreja é o lugar que nos aguarda de portas abertas, nós católicos praticantes ou não. Evangélicos em ternos maiores que suas medidas passam pela rua com a bíblia debaixo do braço.
Este mês está marcado pela religiosidade católica fervorosa, pois Bento XVI chega ao Brasil na quarta-feira. Há uma inquietação por parte de todos, sejam colunistas, intelectuais ou cristãos, seja para criticar ou louvar a vinda do Papa. Há preparações monstruosas e dinheiro pesado investido na comodidade e bem estar de bento XVI, tanto quanto investimentos em vários tipos de comércios informais.
Tudo isso me faz refletir e fazer um questionamento; há quanto tempo já esquecemos quem foi e o que pregou aquele homem montado num burro?! O homem que supostamente pregou a simplicidade, que numa das parábolas bíblicas adentrou a igreja e acabou com todo tipo de comércio que nela se estabelecia. O homem que recusou todo tipo de conforto, que não se utilizou de “Papa-móvel” para se proteger das pessoas, um homem que, sabendo do sofrimento que viria a ter, não se protegeu entre seus seguidores. Livre de riqueza e ideais políticos.
Amado e escasso leitor não se engane com meus questionamentos, eles não provêem de uma mente religiosa nem tem Partidos Cristãos, portanto cristãos evangélicos ou católicos não se isentam do meu raciocínio, são todos farinha-do-mesmo-saco, se não esqueceram a filosofia passada por este grande filosofo, Jesus Cristo, a ignoram.
Mas de certa forma meu questionamento é errôneo num ponto crucial e me deixa com cara de imbecille, tudo que rodeia os Partidos Religiosos é na verdade político e não filosófico. Não há filósofos na igreja, há políticos religiosos.
"Io sonno un Filosofo o sonno un imbecille?"
Rafael, 11:42 AM | link | 7 comentários |