O discurso: epopéia de minha vida

sexta-feira, março 04, 2005

Atentado ao Idioma


(Matéria publicada pelo jornal Vale Paraibano dia 04/03/2005)

Luiz Gonzaga Bertelli

Existem tantos estrangeirismos em uso no nosso vocabulário, que alguns gramáticos proclamam a gradativa extinção do idioma nacional. Nos últimos 300 anos, línguas desapareceram em ritmo acelerado. Para os estudiosos, o fenômeno atinge o mundo todo, entre outras razões devido à globalização da economia, desaparecimento das nações e contato com culturas mais desenvolvidas. Contudo, há outros testemunhos contrários, alegando que seria normal e admissível a inclusão de palavras estrangeiras e, desta forma, não evidenciam razões para qualquer movimento defensivo ou de preservação do vernáculo.
Perfila entre os desejosos de maior divulgação da nossa leitura e dos investimentos nas bibliotecas públicas, ao reconhecer que os jovens estão falando e escrevem cada vez pior. No mundo empresarial, comumente, é aconselhado que o ensino do idioma inglês deveria ser compulsório, desde o curso fundamental. Não obstante, o ministério das relações exteriores determinou, recentemente, que a prova de inglês não seja mais eliminatória no processo de seleção dos candidatos à diplomacia.
Mencionam as estatísticas que mais de 215 milhões de pessoas falam o português em todo o mundo no século 16, o português foi a língua de comunicação internacional, idioma global. À época 3 milhões falavam português em sua forma arcaica. Tramita no congresso nacional o projeto de autoria do deputado federal e ministro, Aldo Rebelo, proibindo o emprego dos estrangeirismos, mui especialmente os ingleses.
Se aprovada a lei, deixaríamos de usar expressões inglesas ou americanizadas. A preservação do idioma nacional é imperativo, portanto, se pretendermos ocupar um posto de liderança entre os países em desenvolvimento.

Luiz Gonzaga é Presidente do CIEE
Rafael, 4:59 PM

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